Outro Pastor deixa sua Igreja

Caro Líder Ministerial,

Facilmente centenas, talvez milhares de pastores deixaram suas igrejas ao longo dos últimos meses. Parece que precisa haver um caminho melhor.
Desejo de bênçãos,
Dan Reiland

Por quê tantos pastores deixam suas Igrejas, especialmente em um período relativamente curto de tempo? Esta é uma questão importante que resulta em desânimo do pastor e da congregação. A moral cai e o momentum perde-se. Em situações onde o conflito é grave, a perda de confiança torna sempre difícil resolver os problemas.

O mercado de negócios anda difícil no momento. Na cultura atual é comum, quase esperado, mudar de um emprego para outro. Uma pessoa da área de negócios bem sucedida disse-me: "Atualmente - você faz o que aparece para fazer". Ele está mudando-se com a família para outro Estado para um trabalho que paga metade daquilo que ele ganha atualmente. A lealdade é baixa e isto, combinado com uma economia difícil, torna as pessoas nervosas, tanto empresários quanto empregados. As decisões são tomadas para sobrevivência no curto prazo, no lugar do sucesso no longo prazo e os negócios sofrem com isto.

É impossível para a Igreja fugir desta realidade. As contribuições per capitas dão prova suficiente de que a cultura não é segregada. A Igreja é afetada. Mas não existem algumas coisas que podem ser feitas que ajudariam os pastores a cultivar a longevidade de liderança em suas Igrejas?

Pastores deixam suas igrejas por várias razões. No caso de falha moral ou da ética desandar, o pastor deve afastar-se para uma temporada de cura espiritual. Felizmente, há possibilidade de restauração para liderança, mas isto requer uma cuidadosa atenção. Nós ouvimos estas histórias muitas vezes, mas, honesta e agradecidamente, elas não são a maioria.

De fato, às vezes, Deus diz que é hora de ir embora. Se este for o caso, então é hora partir. Mas, na maioria das histórias sobre pastores saindo, parece que havia potencial para fazer as coisas funcionarem. Dá a impressão ser mais fácil sair, e a curto prazo pode parecer. Mas a longo prazo, na verdade, dá mais trabalho para o pastor e a Igreja fazerem a transição. Só estou pensando em voz alta sobre as maneiras pelas quais nós podemos evitar isto. Eu não garanto ter as respostas, mas eu amo a Igreja e sou um defensor dos pastores. Eu adoraria ver mais vitórias no placar. Vou lhe dar alguns dos meus pensamentos e você pode adicionar os seus próprios à mistura. Eu acho que nós podemos fazer uma diferença.

• Pense tanto no compromisso quanto no contrato

Para cada pessoa que nós contratamos na minha Igreja, fazemos um contrato de trabalho por escrito que é verificado tres vezes: pelo nosso diretor financeiro, pelo nosso especialista em recursos humanos e por mim mesmo. A importância deste documento exige esta atenção. No entanto, eu nunca considerei que fosse verdade que quando surge um problema o contrato seria consultado para ver se as regras foram quebradas. Nós sempre vamos rapidamente para o contrato para ver se alguma cláusula foi quebrada. Relacionamentos sempre superam as regras. Se o relacionamento estiver intacto, quase sempre você pode arrumar as coisas. Isto não significa que você jogue fora as regras, significa que as regras servem a você e não o contrário.

É importante que você coloque tanto esforço (na verdade - mais) em estabelecer e manter relacionamentos saudáveis quanto em manter seus contratos e políticas em ordem.

• Lute com afinco por uma comunidade redentora na congregação

A redenção deve tornar-se algo além do tema de um sermão poderoso. Ela precisa ser a cultura de vida de sua Igreja. Verdade e graça formam um equilíbrio muito difícil, quase impossível às vezes, mas parece-me que a graça deve ganhar o dia. Não ao invés de ou na ausência de uma clara verdade bíblica, mas quando se trata de interpretação das nuances sutis, a graça está no centro da redenção.

Então, se você tem que lutar, lute pela redenção, restauração e resolução de conflitos, não contra os outros. Peço desculpas se isto ou qualquer coisa deste artigo soa como pregação. Eu não me vejo agindo desta forma. Estas são mais reflexões do meu coração do que declarações concebidas para serem apenas praticadas. Eis o que eu sei, as pessoas estão famintas de uma igreja onde o amor e a graça de Deus sejam abundantes e as pessoas queiram dizer a verdade. O que leva-nos ao próximo pensamento.

• Seja honesto sobre missão e resultados

Meus pensamentos não são para suavizar ou desconsiderar os resultados. Resultados são importantes. As pessoas, os recursos e os propósitos de Deus estão em jogo e, obviamente, os resultados são importantes. Então, caso uma Igreja não funcionar bem, tenha a coragem de assumir isto. Encare a realidade e diga a verdade sobre a condição de sua Igreja. Não trapaceie com os números. Não faça o declinio parecer como um platô temporário. Aqui está a boa notícia: se as relações forem sólidas, a confiança for assegurada e a graça for o tom dominante da cultura, você pode atacar os problemas, ao invés de atacar as pessoas. E então as pessoas podem atacar os problemas no lugar de atacar os líderes.

Todas as igrejas têm problemas e desafios. Faz parte da natureza humana e é uma tensão que nunca irá embora. Adote-a e pratique liderança através dela.

• Resista à perfeição e abrace o progresso

O perfeccionismo mata as igrejas. Perfeccionismo, em coisas pouco importantes, mata as igrejas rapidamente. Você nunca pregará um sermão perfeito, conduzirá uma reunião perfeita ou criará um orçamento perfeito. Perfeccionismo não é outra palavra para excelência. Excelência refere-se a padrões elevados, perfeccionismo é uma tentativa tola de controle além da medida do que é razoável, prudente ou produtivo.

Se o momentum é o melhor amigo de um líder, então o progresso deve ser seu segundo melhor amigo! Mova a bola para o campo só um pouco a cada dia e permita que o Espírito Santo faça as grandes jogadas que você não pode! Eu ainda estou tentando não ser maçante, mas eu sempre senti que o perfeccionismo esmaga a oportunidade do Espírito Santo conceder favor, poder e unção que nunca podemos produzir por conta própria.

• Tome uma posição dura contra as críticas

Um espírito crítico na Igreja local é letal. O Inimigo adora gente crítica. Quando as pessoas na Igreja são críticas sobre os dirigentes e a Igreja em geral, o diabo não precisa fazer muito mais, as pessoas estão matando a Igreja por si mesmas.

A maneira de enfrentar a crítica não é pela força bruta, ficar na defensiva ou calar a expressão de opiniões. A melhor maneira de lidar com a crítica aberta é ser direto no confronto e falar a verdade em amor quando é feito um comentário crítico. Além disto, demonstre, consistentemente, uma maneira melhor, falando palavras positivas e animadoras!

• Use olhos novos para ajudá-lo a ver o que você não pode ver

Mesmo os melhores líderes não podem ver tudo. Trazer um consultor externo, pastor ou líder de negócios para dar uma olhada em seu ministério é extremamente útil. Escolha alguém em quem você pode confiar e que possa ser objetivo no processo. Há tantas coisas que uma pessoa "de fora" pode ver e sentir fermentar que você pode perder, por estar tão estreita e profundamente envolvido.

Ser proativo e captar problemas e problemas potenciais logo é uma ótima maneira de manter-se na frente como um líder. E isto, obviamente, é uma ótima maneira de reforçar e aumentar a longevidade de um pastor em ma Igreja.

Estas são as minhas reflexões "práticas". Quais são as suas? Adicione-as à mistura e se você tiver um minuto, mande-me suas idéias.

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Liderança Ministerial é uma publicação periódica sem vínculo denominacional com o objetivo de compartilhar artigos de interesse para membros da liderança de sua Igreja. Para solicitar sua inclusão ou exclusão da lista de distribuição, escreva para wzuccherato@terra.com.br

Tradução para o português Silvia Giusti. Editor e revisor, Wilson R. Zuccherato

Texto originalmente publicado em inglês por The Pastor’s Coach – dezembro de 2009.