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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Para alcançar pessoas, a Igreja precisa mudar!

 
 
Para alcançar pessoas, a Igreja precisa mudar!
Pastor Robert Lay 


O pastor Robert Michael Lay ou Roberto Lay, como é conhecido no Brasil, esteve visitando a PIB na última semana e abençoando não só a liderança como os membros que tiveram a oportunidade de receber suas palavras. O pastor de Curitiba atua como titular da Igreja Evangélica Irmãos Menonitas e há pouco mais de 12 anos coordena o Ministério Igreja em Células no Brasil, ministrando em congressos e seminários por todo o país a respeito da Visão e Estrutura de uma Igreja em Células. Cerca de 12.000 pastores e líderes de diversas denominações de todo o Brasil já foram treinados durante este período na implantação desta visão. O seu trabalho tem influenciado profundamente vidas e igrejas, levando-as a uma postura mais próxima dos planos que Deus tem para o Seu Reino. Roberto é casado com Alzira, tem quatro filhos e três netos. Em um bate-papo contou-nos como tem sido disseminar a missão de cuidar em células.
Pastor como é o movimento de "Células" (PG) ao redor do mundo
O movimento de células ao redor do mundo hoje está sendo chamado de a segunda reforma, ou seja, a reforma dos odres. O vinho novo nós recebemos na primeira reforma no séc. 16 - a salvação pela graça mediante a fé, a palavra de Deus como única base para a nossa fé e prática. Nós ficamos com a estrutura antiga e o velho odre que tem em suas bases e raízes, no Velho Testamento, os sacerdotes etc. Perdemos o varejo e hoje os relacionamentos do varejo nos PG é um retorno e está acontecendo em praticamente todas as igrejas ao redor do mundo. É um movimento mundial. O cristianismo em geral está retornando, voltando a ser uma igreja de relacionamentos também. Não só do culto do atacado, mas dos relacionamentos para o varejo.
O que a Igreja ganha com esta transição?
A Igreja como um todo ganha em intimidade, em identidade, em crescimento, não só quantitativo, mas qualitativo. Só tem vantagens porque ela agora tem a capacidade de transformar a sociedade.
O que nós, como pessoas, ganhamos com este modelo?
Você, como pessoa, ganha estabilidade, cuidado mútuo, você ganha família. Na célula, você ganha pessoas com as quais você vai conviver e que vão cuidar de você e você pode cuidar de outros também. Começamos a viver a mutualidade.
Sobre a igreja nos lares, ou seja, a igreja no varejo; porque eu posso fazer acontecer ou receber?
O cuidado, por exemplo, é só no varejo. Um pastor não pode cuidar de todo mundo sozinho. O pastor não pode visitar todo mundo e dar atenção a todos, e para isso, nós membros fomos chamados para cuidar uns dos outros. Eu tenho essa grande capacidade de ter família e de realmente me relacionar com o outro.
Mesmo no Brasil é muito difícil fazer uma transição. Porque?
A dificuldade na transição acontece por causa da mudança. Nós não gostamos de mudança. O Dr. Ralph Maybor diz que nós gostamos de melhoria no que existe, mas não de mudanças, e se a gente gosta de mudança é por pouco tempo. Em longo prazo queremos sempre retornar para o antigo, para aquilo que sempre fizemos, por medo do novo. Nós somos cômodos por natureza, preguiçosos por natureza, e isso inclusive entre pastores. Há pastores que não querem pagar o preço de uma mudança, porque dá trabalho.
E aqueles que assumem esta transição, quais são as principais mudanças que ocorrem?
O fato de não enxergar mais a igreja como multidão, mas como famílias, farão as pessoas cuidarem umas das outras. No aspecto do evangelismo fica muito mais fácil. O evangelismo sempre foi um empreendimento de grupo. Transformar homens em pescadores, significa que cada pessoa da nossa célula (PG) vai pegar em uma ponta da rede e fazer um arrastão. E vamos pegar peixe!
Neste contexto encontraremos grupos com maior resistência.
Quais são as consequências para aqueles que ficam de fora?
A consequência da estagnação. Eu tenho visto isso nas igrejas. Membros que não querem a mudança e também não participam da transição ficam para trás. Eles vêem um novo convertido chegar e entrar num trilho de treinamento, em uma caminhada de crescimento e depois de 3 ou 4 anos já estão ganhando outras pessoas, discipulando outras pessoas e conduzindo. O que não entrou, fica lá atrás.
Deixe para a nossa igreja uma palavra de encorajamento, já que estamos assumindo esta transição.
O encorajamento é: não desistam. Persistam! Transição não é fácil. Jesus fez a transição com os seus discípulos e levou três anos com 12 cabeças-duras, mas foi muito paciente. Se não fosse a Sua paciência, persistência e determinação, o movimento chamado Igreja não teria nascido. Foi por causa da persistência Dele, por causa do amor, da paciência e da paixão. O pastor Mário Vega escreveu um livro sobre esta transição, sobre a implantação de células, cujo título é "Paixão e Persistência". Eu queria desejar isso a vocês, muito amor e persistência. Paixão por Deus e pelos perdidos e persistência nesta caminhada, nesta transição.


 
 
 
 
 


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